MCU Revisitado – Thor: O Mundo Sombrio*




 *Conhecido atualmente como “A Tragédia de Loki de Asgard”.

A primeira ideia de Kevin Feige e companhia que se tem notícia foi chamar Patty Jenkins para dirigir Thor: O Mundo Sombrio. Hoje ela é mundialmente conhecida pelo filme solo da Mulher-Maravilha. Na época, ela havia dirigido Monster, filme sobre uma serial killer. Charlize Theron ganhou o Oscar de Melhor Atriz por ele.

A ideia de trabalhar com Jenkins animou Natalie Portman, que queria pular fora da sequência. Como disse no MCU Revisitado sobre o primeiro filme, ela aceitou o papel de Jane Foster pra esfriar a cabeça depois do pesado Cisne Negro, pelo qual ela também ganhou o Oscar. No entanto, a diretora acabou saindo da produção, alegando diferenças criativas, e Natalie teve que continuar forçada  por causa do contrato

Só no ano passado, quatro anos após a estreia da sequência, a cineasta contou o que aconteceu. Olha o que Patty Jenkins falou sobre Thor 2. Primeiro, como ela queria que o filme fosse:

Minha versão era algo mais parecido com Romeu e Julieta. Queria mostrar Jane presa na Terra e Thor preso em Asgard. E então ele seria proibido de salva-la pois a Terra não importava, mas mesmo assim ele iria desobedecer essa ordem, e quando chegasse aqui, descobriria que Malekith estava escondendo a energia escura dentro da Terra, porque sabia que seria o último lugar que Odin poderia procurar. Odin seria enganado pelo seu próprio desinteresse.


No mês seguinte, em outra entrevista, Patty acabou falando que se o filme desse errado na mão dela, as diretorAs jamais teriam outra chance com blockbusters no cinema. Veja só:

Eu pensei que se eu dirigisse o filme, seria um grande desserviço às mulheres. Se eu assumir o posto sabendo que será uma enrascada, e o filme ficar ruim por minha causa, será grande um problema. Se isso acontece com um diretor homem, é apenas mais um erro do estúdio.


Imagine o barulho que essa última declaração faria na época. “Ela pulou fora porque sabia que seria uma merda?”, questionariam.

Alan Taylor acabou assumindo a direção, o que gerou uma onda positiva. Isso porque ele havia trabalhado em Game of Thrones, que estava no auge em 2012/2013. Chris Hemsworth, fã da série, estava muito empolgado. O público que não havia achado o primeiro Thor grande coisa respirava aliviado porque, finalmente, o deus do trovão teria um filme com sangue, batalha, e tudo mais que aparece nos quadrinhos. Se o cara trabalhou com Game of Thrones... A palavra “SOMBRIO” era repetida à exaustão nas entrevistas dos atores. Mais tarde, falar em “filme sombrio da Marvel” viraria meme.

Ainda assustados com o que havia ocorrido em Homem de Ferro 3, começamos a acompanhar a produção de Thor: O Mundo Sombrio o mais próximo que a geografia e internet permitiam.

No início das gravações, Jaimie Alexander, a Lady Sif, sofreu um grave acidente no set. Ela caiu de uma escada de metal, deslocando um dos discos da coluna, o ombro esquerdo e machucando 11 vértebras. Ficou afastada por cerca de um mês. 


Na época, ela dizia que a participação da Lady Sif no filme era bem maior, dava indiretinhas de que finalmente teria algo entre ela e o Thor, mas o resultado você já conhece.

Depois de Thor e Os Vingadores, Tom Hiddleston se transformou em uma febre na web. Era difícil não dar de cara com ele na internet, especialmente no Tumblr. Ele ainda interagia muito no Twitter, o que dava uma sensação de proximidade com os fãs, os Hiddlestoners. Havia também o Loki’s Army que, como o próprio nome indica, reunia os admiradores/seguidores do vilão. Mas, o que começou divertido acabou ficando fora de controle e chegando às raias da obsessão na época. Você com certeza vai saber dizer o nome de algum fandom que passou ou passa por algo parecido.

Digamos que, se você era fã do Thor/Chris Hemsworth em 2013, o fandom podia ser um ambiente hostil e tóxico. Era impossível procurar pelo nome do Chris no Tumblr e encontrar uma foto dele. Eram todas do Tom Hiddleston ou do Loki, marcadas na tag dele. Você também poderia encontrar longas brigas sobre o MCU em relação ao Loki (difícil catar uma discussão saudável) e também comentários diminuindo Chris em vídeos e matérias sobre ele, sempre o comparando com Tom Hiddleston. Alguns diziam que ele era péssimo ator, tinha o carisma de uma pedra, entre outras coisas.

A ponto de terem liberdade de perguntar, numa coletiva de imprensa de O Mundo Sombrio, como era Loki ser mais popular que o Thor (o que ocorreu mais de uma vez na press tour). A ponto de ser tema de vários artigos. Quer um exemplo mais claro? Clique nesta foto do início de 2014. Preservei a pessoa que aparece nela. 

Eu era mais jovem, como muitos de vocês, e esse tipo de coisa ainda me atingia pessoalmente. Hoje tenho minhas new rules e, quanto à parcela de fãs agressivos, como dizia aquele cara do episódio do Pica-Pau nas Cataratas, “graças a Deus essa loucura parou” (ou diminuiu muito).

Mencionei que eu também gostava da Jane Foster? Some isso também.




Agora que você tem o cenário, não vai te surpreender saber que Thor: O Mundo Sombrio passou por refilmagens, alguns meses antes da estreia, para incluir mais cenas do Loki

Outro sinal de alerta também foi “Josuéldon” sendo chamado para socorrer o roteiro (já assinado por cinco pessoas). Ele reescreveu pelo menos três cenas. Era um sinal de alerta, não?

Foi com o peso disso tudo que entrei na sala para assistir Thor: O Mundo Sombrio naquele novembro de 2013. Eu estava tensa, com medo mesmo. Na primeira assistida, saí da sala sem saber o que tinha achado. Na segunda, com amigos, consegui relaxar e me diverti um pouco mais. Não lembro exatamente quando, mas a ressaca chegou. Aquele momento em que você bota a mão na cabeça e se lembra de tudo que aconteceu, só que com clareza.


Thor: O Mundo Sombrio é visualmente mais bonito que o primeiro filme. Ele tem mais cuidado (não erraram a mão no descolorante do Chris Hemsworth, por exemplo), mostra uma Asgard mais fosca, mais realista, mais movimentada, com mais construções. Há até algumas batalhas campais como se esperava do Alan Taylor. No entanto, o resto...
Rever o filme para o MCU Revisitado conseguiu fazer com que eu o achasse um pouco pior do que eu me lembrava. A trama não tem muito nexo: há 5 mil anos, Bor, pai de Odin, quer impedir os elfos negros de levarem a escuridão para todo o universo. Para isso, o líder deles, Malekith, usaria o Éter. Ao contrário das outras Joias do Infinito, o Éter parece uma versão vermelha da simbiose, um líquido flutuante, não uma pedra. Apesar de aparecer umas duas vezes em receptáculos no filme, o Éter gosta mais é de hospedeiros.





Aí você me pergunta “Mas por que o Malekith quer mergulhar o universo na escuridão, como Svartalfheim?”. Porque sim! Porque ele quer! Por que não? O filme não dá qualquer explicação para isso, embora eles tenham filmado várias cenas com o personagem, como explicou Christopher Eccleston (o eterno 9º Doctor) e também Alan Taylor. Em uma delas, você veria que a família do vilão tinha sido morta

O Éter poderia espalhar a escuridão (na prática, o que isso faria mesmo?) pelo universo durante a Convergência: fenômeno que acontece a cada milhares de anos em que os “reinos” se alinham e comunicam-se entre si. Por exemplo, em determinado ponto de Midgard (Terra) você pode dar um passo e entrar em Asgard ou Svartalfheim. Essa plot de alinhamento de planetas é mais velha e comum do que andar pra frente.

Isso aí é o plano de fundo para duas coisas: o reencontro de Thor e Jane e o confronto entre ele e Loki.

Vamos falar sobre o primeiro: Thor e Jane viveram uma paixão de carnaval/verão no primeiro filme, só se dando conta disso no último minuto. Não sei se você já viveu um amor platônico ou algo parecido com isso aí, mas nada melhor que a distância e/ou a impossibilidade para deixar a coisa mais intensa. Quando isso acontece, na sua cabeça as coisas parecem melhores e mais promissoras do que realmente eram. E você sofre, e acha lindo o sofrimento, porque você aprendeu (erroneamente) que o amor é isso mesmo. E tome a fanfic mental sobre como seria o relacionamento com aquele cara ou aquela menina e a felicidade que traria.

Para piorar as coisas, ainda havia uma promessa. Thor disse que voltaria pra Jane. Só que ele veio à Terra e não foi atrás dela. Coulson disse a ele lá em Os Vingadores que a astrofísica tinha sido levada a um lugar seguro e isolado, mas ela acabou sabendo que o crush esteve aqui e não mandou nem um SMS (não existia WhatsApp na época).

Foram dois anos de separação. Dois anos de Thor e Jane imaginando coisas um sobre o outro. Ele stalkeando a moça por meio do Heimdall e curtindo uma fossa dupla, já que além de não poder chegar perto pra ver qual é que era, ainda estava lidando com a família se desintegrando (Loki é adotado, é bandido, assassino, nos odeia, tá preso), e tinha que sair tentando controlar o caos que se estabeleceu nos demais reinos atingidos pela destruição da Bifrost. Thor estava bem deprimido.




Na Terra, Jane Foster vira a própria Bella Swan da Marvel e os dias depois que Thor veio a Midgard sem visita-la são uma sequência de páginas em branco no livro. Ela passou mais de um ano tentando recriar a ponte que o traria de volta, e depois teve que lidar com uma suposta rejeição. Uma mulher inteligente, mas impulsiva, acabou reagindo na forma daquele clichê das comédias românticas: voltou para a casa da mãe (na Inglaterra) para se entupir de sorvete e passar dias sem tomar banho e pentear o cabelo.

Um belo dia, quando ela sai com outro cara para tentar virar a página, Darcy (que já estava cansada do hiato da sua novela favorita), descobre que os mesmos sinais vistos no Novo México estão de volta e que talvez elas consigam trazer o Thor. Jane sai do restaurante que nem uma louca.

Acontece que ela acaba em uma dessas conexões da Convergência, que por coincidência está em Londres, que por coincidência a coloca diante do receptáculo do Éter (é muita coincidência neste filme, minha gente!), que por acaso resolve se hospedar no corpinho dela.



Prestes a dar a stalkeada diária na Jane (depois de deixar Sif no vácuo), Thor é avisado que ela sumiu do mapa. Na mesma hora ele aparece na Terra e encontra a Jane, eles têm aquele diálogo muito bem escrito onde rola um tapa na cara, o Éter ataca quando Jane é tocada por um policial e PIMBA, ele leva a mulher pra Asgard pra descobrir que merda tá acontecendo.

A passagem da Jane por Asgard (que realmente existe nos quadrinhos) era pra ser muito mais interessante. Veríamos o lugar pelos olhos dela, que além de ser uma pessoa comum, tem todo um olhar científico sobre as coisas, como você vê quando ela está sendo examinada. Uma cena longa, em que os dois passeavam pelas ruas e ela ia descobrindo as coisas, foi cortada do filme. Hoje vejo que a relação dos dois teve um desenvolvimento bem precário e pra ter alguma empatia pelo casal você precisava preencher as lacunas na sua cabeça (ou escrever uma fanfic). Como muita gente não gostava nem de um, nem do outro, quase ninguém se deu o trabalho. E, na real, não tinha que ser assim. Faltou roteiro e uma melhor direção, porque atores competentes eles tinham. Até ela querer “morrer com ele” no final fica sem sentido. Alguns relacionamentos que surgiram nos cerca de 5 dias do assalto da série La Casa de Papel foram mais bem escritos. É uma pena porque acabamos perdendo outra personagem feminina no MCU. Talvez um dia eu escreva sobre o ódio que este fandom tem de personagens femininas comuns/sem poderes. Mas, por enquanto, sigamos.



Aí, nós temos a história que envolve o Loki. Considerando a preferência do público, vou contar do ponto de vista dele. Após tentar dominar a Terra e matar muita gente no processo, Loki é levado a Asgard para ser julgado por Odin. Lá ele se recusa a entender a gravidade do que fez e ainda diz que o Pai de Todos não fez muito diferente dele (como Hela nos ensinaria mais tarde). O que Loki fez de errado, afinal, além de agir segundo ideais expansionistas e mostrar que poderia administrar um reino só dele? Não disseram “a vida toda” que ele poderia ser um rei? (Igual a certos comerciais que ensinam aos homens que se eles usarem certo desodorante, beberem tal cerveja e comerem o tal chocolate eles TÊM DIREITO a uma ou várias mulheres. O que acontece quando isso não ocorre?) Loki é mandado para a prisão pelo resto da vida.

A cela do Loki é digna de matéria do Jornal Nacional: tem caminha confortável, comidinhas especiais, livros, móveis planejados, roupa boa e visitas clandestinas da mamãe quando quiser, por meio de projeção. A cena em que Thor e Frigga conversam sobre isso também foi cortada. Frigga é outra personagem muito prejudicada pela edição. Você quer saber como é a mulher que criou aqueles filhos, que bate de frente com Odin, mas só temos vislumbres. Em um filme e meio e cenas deletadas sabemos que ela é sarcástica, barraqueira (tipo o Thor), especialista em magia e ensinou isso para o Loki, mas também sabe lutar com espada. Neste filme ela morre, infelizmente, e é bem bizarro porque fica parecendo que Thor sofreu menos com a morte da mãe do que com a """"morte"""" do Loki. Eu, hein, direção?



E é essa mãe que une os dois mais adiante, porque junto à necessidade de impedir o Malekith de fazer o plano dele lá, há o desejo de vingança pela morte da Frigga. Embora Loki insista em dizer várias vezes que não é filho de Odin, o sentimento dele em relação a ela não é o mesmo, apesar de no último encontro dos dois ele brigar e dizer que ela não é a mãe dele, o que claramente o deixou com um remorso horroroso. 

O filme tenta fazer você se perguntar o que vai ser da relação dos irmãos. Eles vão conseguir recuperar aquela ligação que tinham no início do primeiro filme? Loki vai continuar enganando o Thor? O que vai ser do Thor? O que Loki pretende fazer? Qual é seu próximo passo? Ele é um incompreendido? Encontrará redenção ou continuará como o pilantra para o qual uma galera passa pano? Diante dessas questões, Malekith vira só uma ferramenta de roteiro.

Como este texto já ficou grande demais, vou só mencionar mais algumas coisas:

- Thor: O Mundo Sombrio tem a maior coleção de piadas desnecessárias de todo o MCU. Por que o Loki tinha que falar  “Ta-dááá” quando a nave deles entra na terra dos elfos? Por que o celular da Jane tinha que começar a tocar hip-hop segundos depois da morte do Loki? Por que Thor e Malekith tinham que cair de cara nos vidros do Edifício Gherkin? Por que Thor pega o metrô? Por que Erik Selvig tá pelado ou só de cueca quase o tempo todo? Por que a Darcy tinha que beijar o Ian daquele jeito? Por que Heimdall, logo ele, só vê a nave dos elfos negros quando ela já tá em cima de Asgard (seria engraçado se não fosse trágico)?

- Menção honrosa àquela cena completamente desnecessária e gratuita do Thor sem camisa, com a câmera praticamente deslizando lentamente pelo corpo do Chris Hemsworth que tava lá passando uma águinha porque devia estar fazendo calor pra caramba, né? No que ela contribui para a história?

- A Terra sofre seu segundo ataque alienígena, à vista de todos, o “cachorro” dos gigantes de gelo fica perdido nas ruas de Londres (ah, que também por mera coincidência é o centro da Convergência) e não há absolutamente qualquer menção a isso nos filmes seguintes. Nem em Guerra Civil, quando o general Ross mostra na televisão todos os estragos causados pelos Vingadores. Não adianta falar daquele episódio de Agents of SHIELD porque sabemos muito bem que as referências ali são sempre unilaterais (os filmes são abordados na série, nunca o contrário). E o “bichinho” deixado pra trás nem aparece no episódio.

- Era pro Thor ter derrotado Malekith usando a junção dos raios de todos os Nove Reinos contra ele (como uma Genki Dama asgardiana), mas acharam por bem que seus amigos humanos contribuíssem para a derrota do vilão com aquela pseudo-ciência do Selvig que até hoje não entendi. Afinal, não há nenhum problema em diminuir os poderes do Thor, não é mesmo?




- A cena pós-créditos, uma das melhores de todos os filmes pra mim, mostra Lady Sif e Volstagg entregando o Éter ao Colecionador. Gosto dela porque mostra os asgardianos em um cenário completamente diferente do que nós tínhamos visto até hoje. Ficam algumas questões: como eles conseguiram pegar o Éter e coloca-lo no receptáculo? O que aconteceu com Sif depois? Ela descobriu que Odin era o Loki (como ele sobreviveu?) e foi banida? Ou o falso rei a mandou pra uma missão impossível, sei lá? Até hoje não sabemos.

- “Então, completando três filmes, é revelado que, na verdade, isso vem sendo uma trilogia do Loki o tempo todo”, disse Kevin Feige nos comentários do DVD. Loki acabou virando um Jack Sparrow do MCU: não era pra ele ser o principal, mas o público gostou e colocaram mais pra fazer dinheiro (daí a impressão de que ele “carregou os filmes nas costas”). A coisa acabou explodindo na cara deles porque pouco adiantou: o filme não fez tanto sucesso com o povo, teve recepção morna da crítica, e atualmente é o último lugar da Marvel no Rotten Tomatoes. Anos depois, quando mudaram a estratégia - melhoraram o roteiro e resolveram dar o filme do Thor ao Thor, ele conseguiu 92% de aprovação (chegando a 100% nos primeiros dias) e US$ 853 milhões na bilheteria...

- Eu quero ver o que é que vão fazer quando acabar esta fase da Marvel Studios. Usar Loki como muleta através dos anos fez com que o estúdio não desenvolvesse grandes vilões (apesar de eu considerar Zemo o melhor até hoje, mas, quem sou eu?). Abrindo outro parêntesis, até a justificativa para ele aparecer em O Mundo Sombrio é fraca. Não que ele não devesse aparecer, mas como assim SÓ LOKI sabe como sair de Asgard sem a Bifrost? Desde quando isso é crível? Ressaltando que é fevereiro e ainda não vimos o Thanos e nem sabemos se ele vai sobreviver à Guerra Infinita.

- Outra lição que a Marvel aprendeu foi dar mais liberdade aos diretores. Thor 2 virou outra coisa na sala de edição e Alan Taylor não escondeu isso. “Minha experiência com a Marvel foi particularmente desgastante porque me deram liberdade completa enquanto estava filmando, e depois na pós-produção o filme se transformou em algo diferente. É uma coisa que espero nunca repetir e nem desejo para ninguém.”  Só veríamos o resultado dessa mudança de postura no ano seguinte, com Capitão América: Soldado Invernal e Guardiões da Galáxia. Até aí, 2013 tinha deixado um gosto bem amargo na boca dos marvetes.

FICHA TÉCNICA


Thor: O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World)
Direção: Alan Taylor
Roteiro: Christopher Yost, Christopher Markus, Stephen McFeely, Don Payne, Robert Rodat
Elenco: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Natalie Portman, Christopher Eccleston, Anthony Hopkins, Rene Russo, Stellan Skarsgard, Zachary Levi, Jaimie Alexander, Kat Dennings, Adewale Akinnuoye-Agbaje…
Duração: 1h52
Estreia no Brasil: 1º de novembro de 2013
Estreia nos EUA: 8 de novembro de 2013
Orçamento: US$ 170 milhões
Bilheteria: US$ 644,5 milhões
Prêmios e indicações: clique aqui
Fontes: IMDB, Box Office Mojo, Wikipédia

3 comentários:

  1. O texto tava bom até chegar nas últimas partes. Desculpa querida, mais ficou parecendo mais um desabafo de fangirl do Thor/Chris Hemsworth frustrada do que qualquer outra coisa. Você basicamente disse que Dark World "fracassou" só porque o Loki teve um destaque, ou é impressão minha? Já dá pra perceber pelos seus posts que você detesta o personagem rsrs (vc não é obrigada a gostar) mas enfim, o filme SEMPRE foi do Thor, o problema é que o personagem não tinha carisma, era apagado mesmo, até um secundário chamava mais atenção(não por culpa do ator e sim dos roteiristas que pareciam não saber desenvolve-lo, torná-lo interessante para o público) e isso DESDE o primeiro filme, e não precisava amar o Loki pra notar isso. Mas é claro que felizmente isso mudou no último filme, Thor finalmente teve um up power e ficou mais solto, mais legal. Mas de vdd, você acredita que se não tivesse participação do Hulk, Dr Strange, Cate b., e fosse uma aventura SÓ com o Thor realmente faria toda essa bilheteria? inclusive, Dark World seria um verdadeiro fracasso MESMO se não tivesse o Loki.. até hoje ele tem mais fãs que o Thor, minha prima mesmo que o detestava até nomeou o cachorro dela de Loki depois de Ragnarok kkkk não querendo desmerecer o Thor, você provavelmente discorda de tudo o que eu disse porque gosta dele, e eu gosto também! mas é só reparar.. até na page oficial de Thor, os posts que tem o Loki SEMPRE são os mais curtidos e comentados, ele chama público então obviamente a Marvel se aproveitaria disso. E mesmo o filme(Thor 2) sendo um dos mais fracos, em todas as críticas, Loki é o ponto alto, agradou pois acertaram com ele desde o começo. Eu gosto de ambos os personagens e sempre detestei isso de desmerecer um pra enaltecer o outro(e isso eu via por parte dos fãs do Thor também) mas eu não vou negar os fatos.

    Talvez esse comentário nem seja aprovado, mas enfim.. é isso.

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    Respostas
    1. Olá, Pearl! Obrigada pelo seu comentário! Não acho que o filme fracassou porque colocaram mais Loki, mas que colocaram mais Loki acreditando que seria garantia de sucesso, que ninguém perceberia outra coisa. No entanto, o filme já tinha os vários problemas que detalhei ao longo do texto. A estratégia explodiu na cara deles porque nem isso salvou.

      A popularidade do personagem acabou deixando eles preguiçosos, tanto que não se preocuparam em desenvolver o próprio Thor na época e nem outros grandes vilões ou anti-heróis (dependendo de como se vê o personagem).

      Não falo como fangirl do Thor que não gosta do Loki (afinal, não amamos odiar os vilões?), mas como consumidora deste conteúdo e preocupada com o que fazem e vão fazer dele no futuro.

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  2. MEU DEUS não acredito que todos esses anos de marvete rs nunca soube dessa cena deletada do Thor combinando os raios dos 9 reinos ahhhh me fez ter mais raiva desses filme ainda (alias, em 3 filmes nem apresentaram os 9 reinos direito kkk), mas voltando pra 2013 foi o que mais gostei na época e, realmente, esse ano foi um ano amargo não só pra Marvel mas pro gênero também, Homem de Aço me dá sono (nada contra DC viu galera, é o filme mesmo) e Wolverine Imortal foi muito bom (pro nível Origens) até cagar no final, ou seja, gosto amargo de novo, graças aos deuses 2014 teve uma puta melhora. Ainda falando do amargo fico com tanta pena da Sif, uma personagem tão boa pra ser explorada... aí atriz sofre acidente, some do filme e aparece nos créditos sem mais nem menos e nunca apareceu desde então sem nem ter citação em Ragnarok... Sobre o Loki tbm concordo com vc, sempre gostei do personagem e do ator muito mais que o Thor porém tbm achava chato quando percebi que o Malekith não serviu de nada pro filme e nem desenvolveram o Thor só por causa do sucesso todo dele, ainda bem que Ragnarok veio anos depois.

    Enfim, continue com esses textos que estou adorando, além de revisitar tô descobrindo coisas que nem sabia :)

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