#Bastidores
A Entidade
Creed
diretor
Doutor Estranho
filme
Livrai-nos do Mal
Pantera Negra
perfil
Ryan Coogler
Scott Derrickson
Taika Waititi
thor: ragnarok
What We Do in the Shadows
Conheça os novos diretores dos filmes da Marvel
Os
anúncios sobre os filmes da Marvel sempre geram grande expectativa e
sentimentos conflitantes, especialmente quando se fala nos diretores. A
responsabilidade dos caras é muito grande, porque eles é que vão traduzir em
imagens aquilo que os roteiristas elaboraram e são parte essencial do resultado
final que chega ao público.
E
em se tratando das adaptações da Casa das Idéias, o profissional pode sair dali
ovacionado (James Gunn), vaiado (Shane Black e, mais recentemente, o próprio
Joss Whedon) ou puto da vida (Alan Taylor). Há também a turma que prefere
recusar educadamente (Ava DuVernay). Pressão e muita interferência no trabalho
são alguns dos motivos.
É
notável uma preferência da Marvel por diretores em ascensão. É gente com mais
ou menos bagagem, mas pouco visada e acredito que doida pra conseguir o seu
lugar ao sol. Nos próximos anos, vamos passar por pelo menos três pessoas que
sem encaixam neste perfil de alguma forma. Hoje estou aqui para apresentá-los.
Reprodução/Facebook
Scott Derrickson
Nascimento: 16 de julho de 1966, em Denver, no Colorado (EUA)
Filmografia: Love in Ruins (1995), Lenda Urbana 2 (2000),
Hellraiser: Inferno (2000), O Exorcismo de Emily Rose (2005), O Dia em que a
Terra Parou (2005), A Entidade (2012), Sem Evidências (2013), Livrai-nos do Mal
(2014), A Entidade 2 (2015), Doutor
Estranho (3 de novembro de 2016).
Redes sociais: Twitter e Facebook
Redes sociais: Twitter e Facebook
Scott
é formado em produção cinematográfica pela Biola University, na Califórnia, fez
mestrado em cinema pela USC Film School. Cristão, também estudou teologia e
filosofia, frentes que influenciam muito seu trabalho. Ele é famoso pelos
filmes de terror com essa temática, como O Exorcismo de Emily Rose e Livrai-nos
do Mal.
Reprodução/Facebook
Em
uma entrevista ao site National Catholic Register, ele falou do seu interesse
pelo terror. “Eu gosto do mistério do gênero. É um gênero que leva o mistério
no mundo muito a sério. Há várias vozes transmitindo que o mundo é explicável.
A América corporativa limita o mundo ao consumismo. Ciência se limita ao mundo
material. Até a religião limita isso com teorias que podem explicar tudo”,
analisa. “Acho que nós precisamos do cinema para quebrar isso e nos lembrar que
não estamos no controle, e que não entendemos tanto quanto nós pensamos que
entendemos”, disse.
Esta
visão mística e espiritualizada com certeza deve ter colocado os holofotes da
Marvel sobre ele. Em 2014, ele falou sobre a animação para dirigir Doutor
Estranho. “Foi o melhor
sentimento da minha vida, depois do nascimento dos meus filhos”, disse à
agência EFE. “É um privilégio que vai além do que sou capaz de descrever. Não poderia
estar mais agradecido”.
Drawn by Tess Rosenthal, the daughter of an old friend: pic.twitter.com/9WJgqIp0Zx— Scott Derrickson (@scottderrickson) 30 janeiro 2016
Taika Waititi
Nascimento: 16 de agosto de 1975, na região de Raukokore, Nova
Zelândia
Filmografia (como diretor de
longa-metragem): Boy (2010), What We
Do in the Shadows (2014), Hunt for the Wilderpeople (2016), Thor: Ragnarok (2 de novembro de 2017).
Na
ativa desde o final da década de 90, Taika é ator, diretor, roteirista,
produtor, ilustrador, humorista, e o Google parou por aí. É de ascendência
maori (povo da Nova Zelândia) e em seu perfil no Twitter é comum ver
comentários sobre a causa dos nativos em diferentes países. Já era popular em
seu país de origem, mas ficou mundialmente famoso por conta da comédia What We
Do in the Shadows, um documentário falso – claro - sobre a rotina dos vampiros que vivem em
Wellington, capital da Nova Zelândia.
Havia
vários rumores de que ele seria o escolhido para dirigir o terceiro filme do
Thor, o que só foi confirmado neste ano, não pela Marvel (estranho, hein?), mas
por ele mesmo na última edição do Festival de Sundance, onde lançou Hunt for
the Wilderpeople. “Eles estavam procurando diretores de comédia”, disse ao USA Today. “Eles já tinham visto What We Do in the Shadows e Boy. Eles gostaram
especialmente de Boy”. O fato de a Marvel estar atrás de um diretor de comédia
para dirigir uma história baseada em um dos arcos mais trágicos do deus do
trovão (é o fim do mundo, todo mundo morre basicamente) deixou muita gente de
cabelo em pé. Isso
porque o péssimo timing para a comédia é um dos pontos fracos da filmografia do
Thor e, com o anúncio de que Ragnarok seria adaptado, as pessoas esperavam que
isso pudesse ser corrigido. Pra ficar ainda pior, ele disse em outra entrevista
“Vou basicamente pegar o segundo filme e adicionar umas piadas ali”.
Foi
o suficiente para que uma galera fosse atrás do Taika no Twitter para reclamar,
e ele saiu respondendo algumas pessoas, como você pode ver aqui:
Don't worry, I think he likes girls. https://t.co/xar6tYlZoR— Taika Waititi (@TaikaWaititi) 25 janeiro 2016
Ragnarok,
assim como os outros filmes do Thor, será uma comédia. Não tem jeito, mas o
Taika garante que vai fazer de tudo pra que seja, pelo menos, uma boa comédia. O
filme vai ser rodado na Austrália, em Queensland, o diretor gosta de trabalhar
com efeitos práticos (Menos CGI! Menos CGI!), não descarta a possibilidade do
Hulk FALAR neste filme, e quer preencher uma lacuna que existe há anos:
finalmente o Thor vai ser protagonista do próprio filme. “Basicamente, eu
propus que ele precisa ser o personagem mais interessante”, disse ao Crave Online. “Se você vai chamar o filme de Thor, Thor precisa ser o melhor
personagem”. Boa sorte, Taika. Vai precisar.
Nascimento: 23 de maio de 1986, em Oakland, Califórnia, nos EUA
Filmografia: Fruitvale Station: A Última Parada (2013), Creed:
Nascido para Lutar (2015) e Pantera Negra (15
de fevereiro de 2018)
Redes sociais: Não tem
Ryan
Coogler é o mais novo desta lista e está neste momento desfrutando do sucesso
de Creed. Imagina você que começou no cinema outro dia dirigir o Sylvester
Stallone e ele ser indicado ao Oscar e ganhar o Globo de Ouro? Deve ser um
negócio de outro mundo.
Ryan
nem sempre esteve ligado ao cinema. Ele começou no futebol americano, naquelas
bolsas para atletas nas universidades, e depois estudou cinema na University of
Southern California School of Cinematic Arts. Trabalhou como segurança e também
em uma casa de detenção para menores em São Francisco.
O
anúncio da escolha dele como diretor veio a calhar em um momento em que se
discute tanto a representatividade no cinema. "Perspectiva é muito
importante na arte. É algo importante. Isso sem dizer que é impossível
trabalhar fora de si mesmo", respondeu ao ser questionado pelo Comic Book Movie sobre a
necessidade de um cineasta negro dirigir o filme do Pantera Negra, antes mesmo
de se envolver no projeto. “(...) eu acho que há um potencial para uma verdade
maior quando um cineasta vem de uma cultura particular, com a qual eles estão
lidando. Isso não quer dizer que um cineasta não pode trabalhar fora do seu
espaço cultural. Mas eu acredito que a oportunidade para que o filme tenha mais
nuances virá quando você procurar por cineastas que tragam um pouco da sua
experiência pessoal.”
Nesse
sentido, Ryan já traz certo aspecto político na sua ainda curta filmografia.
Fruitvale Station é sobre um caso real, ocorrido em 2008, em que um jovem negro
(personagem do Michael B. Jordan) é morto por um policial, desencadeando vários
protestos como os que ocorreram nos Estados Unidos no ano passado. Creed,
também como Michael B. Jordan, circula pela cena musical e a periferia
norte-americana. Acho que ele vai saber dar o tom certo ao Pantera Negra.
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